sábado, setembro 17, 2005

Homilia JMJ 2005 - Parte1


“Na celebração da Eucaristia, encontrámo-nos na hora de Jesus…que se torna a nossa hora com a Sua presença no nosso meio.”
Foi desta forma que, após a noite de vigília, o Papa Bento XVI introduziu a reflexão sobre a Eucaristia, exaltando-a como fonte de união entre os Cristãos. Partindo de Jesus e da Sua celebração da Páscoa com os discípulos, o Papa faz uma descrição de tudo o que suporta esta refeição tão desejada, e aquilo que a prolonga para o futuro. “Jesus segue os ritos de Israel”. Dá graças pela acção libertadora do Pai para com o seu povo de Israel, mas projecta o futuro agradecendo a “sua própria exaltação…através da “Cruz e Ressurreição”.
Segundo Bento XVI, as palavras proferidas por Jesus são um resumo de toda a Lei e de todos os Profetas. Jesus diz “Este é o meu Corpo, oferecido em sacrifício por vós. Este Cálice é a Nova Aliança do meu Sangue”. É neste ponto que Jesus nos oferece a Santa Eucaristia e nos comanda que a prolonguemos no futuro em memória de Seu nome.
“Como pode Jesus distribuir o Seu Corpo e o Seu Sangue?” Como pode? O Santo Padre responde: “Jesus pode distribuir o Seu Corpo, porque verdadeiramente Se entrega. Esta entrega transforma um acto de brutal violência no maior acto de Amor incondicional.” Segundo o Sumo Pontífice esta é a transformação que deve ocorrer no íntimo de cada um de nós, e só após esta transformação interior de cada um, podemos almejar a mudar o mundo. Transformar a violência do mundo em amor e assim a morte em vida.
A entrega de Jesus transforma pão e vinho em Corpo e Sangue, mas é este mesmo amor que nos deve transformar também. “Devemos tornar-nos o Corpo de Cristo, a sua Carne e Sangue.” Deus abandona a distância e instala-se dentro de nós enquanto Corpo de Cristo. Na Eucaristia fazemo-nos adoradores de Cristo! Enquanto adoradores, devemos ser submissos reconhecendo Deus como nossa medida e vivendo no seu abraço. Submissão, mais uma vez torna-se, união. União de amor que nos liberta no mais intimo do nosso ser.

1 comentário:

Anónimo disse...
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